Soneto de amor sem forma

E te pergunto em segredo qual a forma do amor

Porque se amor tem forma e da forma tenho medo

Que me transforma e me forma... me deforma!

Desse amor que me semeia e por semear é meu desejo!

Líquido amor na vida de toda líquida, amo-te!

Líquido amor no oceano de todo líquido, comprimido!

E na liquidez da vida me esqueço, te perco

Do perder da alma já perdida nem me faz sentido!

Amor que não tem forma, é líquido

Amor que nem me existe, me prescinde

Amor que nem me habita, me suscita

Amor que dou o meu não amor que nem o tenho

Amor que nem sei se é o que se sente, e me mente

Amor que não me vive... me respira e atinge!

dhália
Enviado por dhália em 14/09/2006
Código do texto: T240279