Soneto de amor sem forma
E te pergunto em segredo qual a forma do amor
Porque se amor tem forma e da forma tenho medo
Que me transforma e me forma... me deforma!
Desse amor que me semeia e por semear é meu desejo!
Líquido amor na vida de toda líquida, amo-te!
Líquido amor no oceano de todo líquido, comprimido!
E na liquidez da vida me esqueço, te perco
Do perder da alma já perdida nem me faz sentido!
Amor que não tem forma, é líquido
Amor que nem me existe, me prescinde
Amor que nem me habita, me suscita
Amor que dou o meu não amor que nem o tenho
Amor que nem sei se é o que se sente, e me mente
Amor que não me vive... me respira e atinge!