Soneto de amor infinito

Uma noite enluarada tem cheiro de água de côco

E só preciso ver-te, me vem doce expressão

E só preciso ler-te, me compõe doce canção

Que já a mim me dou como louco!

Uma noite enluarada, te confesso, tem o éter do cheiro

Desse que segura as estrelas no céu, como a vontade

Desse que não perdoa, enlaça o amor sem devotar lealdade

Desse que tanto me agrada e que tanto receio!

E eu, último romântico, fui apaixonar a mim

E nem sei se posso louvar-te paixão, amor finito

Desse de tão finito que no infinito encontra fim

E se morrer se possa, desfalecer em mal que sinto

Despetalar a lua em seu cheiro, carmesim

É só o que posso! E me perdoe porque minto!

dhália
Enviado por dhália em 15/09/2006
Código do texto: T240522