GARGANTA
Por ela já se passou muito alimento
Que o estômago vazio esperava
Quando faminto essa comida devorava
Tal qual o chão fértil e sêco, do momento
Por ela já passou a voz ferina
Num grito de revolta d'uma dor
Num urro pela perda do amor
Na ferida que começa e não termina
Mas houve, outras vezes, certamente
Que essa sofreguidão, bem de repente
Engasgou nos excessos, sem sentido
Onde essa boca entalada que não cala
Seja impedida de expressar a própria fala
Mesmo que antes, nos tapem os ouvidos
Por ela já se passou muito alimento
Que o estômago vazio esperava
Quando faminto essa comida devorava
Tal qual o chão fértil e sêco, do momento
Por ela já passou a voz ferina
Num grito de revolta d'uma dor
Num urro pela perda do amor
Na ferida que começa e não termina
Mas houve, outras vezes, certamente
Que essa sofreguidão, bem de repente
Engasgou nos excessos, sem sentido
Onde essa boca entalada que não cala
Seja impedida de expressar a própria fala
Mesmo que antes, nos tapem os ouvidos