A BELEZA É PASSAGEIRA
Quem se prima na beleza passageira
Da aparência, tão fugaz, que breve voa
Na banal forma de ver qualquer pessoa
Perde, então, o especial: a alma inteira
Quem tudo olha, e tudo vê, só de relance
Há de mostrar-se parcial, de tal maneira
Dia haverá, não será visto, conforme queira
Como efeito, a retornar do que se lança
Não é preciso, que eu me mostre, que me vejas
Ou percebas, algo em mim, qualquer que seja
Pois não és, o melhor sonho, dentro de mim
Que eu me oculte, no meu verso, e nem percebas
No poema, uma só frase, que conceda
Uma só parte do Universo, até o fim...
Quem se prima na beleza passageira
Da aparência, tão fugaz, que breve voa
Na banal forma de ver qualquer pessoa
Perde, então, o especial: a alma inteira
Quem tudo olha, e tudo vê, só de relance
Há de mostrar-se parcial, de tal maneira
Dia haverá, não será visto, conforme queira
Como efeito, a retornar do que se lança
Não é preciso, que eu me mostre, que me vejas
Ou percebas, algo em mim, qualquer que seja
Pois não és, o melhor sonho, dentro de mim
Que eu me oculte, no meu verso, e nem percebas
No poema, uma só frase, que conceda
Uma só parte do Universo, até o fim...