DESBOTADAS CARTAS

Relendo tuas cartas eu senti

Passar por mim estranho sentimento

Um misto de dor e atordoamento

Quem sabe, adormecido frenesi.

Das desbotadas cartas que reli,

Restaram apenas alguns momentos

Que já caíram no esquecimento

De frágeis lembranças – que destruí.

Pedaços de vida que sepultei...

Histórias – contá-las, jamais ousei -

Jazem neste baú, adormecidas.

Tranquei o baú de minhas lembranças

Cerrando, à chave, as esperanças,

Daquelas velhas cartas, corroídas.

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Desbotadas Cartas.

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