Soneto em delírio

Açoitam-me insondáveis e dissonantes agonias

fruto dos alienígenas que povoam a minha mente

ou da ignota mendicidade amorfa e clarividente

incongruência lucilante no halo das vãs rodovias

Inverosímil e letárgica a inóspita insanidade

dilacerante a flecha gélida que me perpassa

incomensuráveis caminhos por onde a alma passa

carcomido e rarefeito o sopro da perplexidade

Entrego-me aos devaneios de um sonhador

exploro a obliquidade dos meus delírios

há no poeta o eventual cunho de um escritor

Já o soneto toma forma, corpo e coabita

no hospício isócrono da irreverência

demência que me assola e em mim habita

Fana
Enviado por Fana em 13/08/2010
Código do texto: T2435467
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