Soneto dos amantes distantes - II

Eu te desejo, eu te desejo tanto!

Menina pálida, pequena e pudica,

Quero beijar tuas virtudes lúdicas

E desfazer teu inocente encanto.

Vem derramar sobre meu corpo tanto

Tua carícia, ó delícia única!

Despeja sobre mim a tua fúria

E balbucia que me ama entre prantos.

É agora quando mais você me quer,

Neste silêncio que nos torna inconhos,

E o nosso amor a vil distância testa.

Maldita hora pra partir mulher!

Das ilusões que tive só me resta

Neste acalanto eternizar os sonhos.

Cirilo
Enviado por Cirilo em 18/09/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T243552