Soneto dos amantes distantes - II
Eu te desejo, eu te desejo tanto!
Menina pálida, pequena e pudica,
Quero beijar tuas virtudes lúdicas
E desfazer teu inocente encanto.
Vem derramar sobre meu corpo tanto
Tua carícia, ó delícia única!
Despeja sobre mim a tua fúria
E balbucia que me ama entre prantos.
É agora quando mais você me quer,
Neste silêncio que nos torna inconhos,
E o nosso amor a vil distância testa.
Maldita hora pra partir mulher!
Das ilusões que tive só me resta
Neste acalanto eternizar os sonhos.