Soneto de amor surreal
Será o amor abstrato ou bem de valor concreto?
Me perguntou uma flor eterna, dessas de plástico...
...de tudo ver, o amor, como o conheço, não me perdoa!
E faz de mim um fazer de todo mágico!
Será o amor, na concretude que o eximi, amor?
Será o amor, na abstração que o anima, incompleto?
Porque se amor é bem de maior pesar
Só posso amar e a mim me ser discreto!
E compreendo que amor, desse que não conheço, é bem-composto
Que de nada na terra, na flor, no céu... há nada igual!
Amor que te busco de um buscar de todo encanto, com tanto gosto!
De um gostar tão humano que faz de mim ser cordial
Desse amor que me busco, me invalido de mim repleto e tosco
Que já creio ser amar o amor um amor surreal!