Soneto de amor surreal

Será o amor abstrato ou bem de valor concreto?

Me perguntou uma flor eterna, dessas de plástico...

...de tudo ver, o amor, como o conheço, não me perdoa!

E faz de mim um fazer de todo mágico!

Será o amor, na concretude que o eximi, amor?

Será o amor, na abstração que o anima, incompleto?

Porque se amor é bem de maior pesar

Só posso amar e a mim me ser discreto!

E compreendo que amor, desse que não conheço, é bem-composto

Que de nada na terra, na flor, no céu... há nada igual!

Amor que te busco de um buscar de todo encanto, com tanto gosto!

De um gostar tão humano que faz de mim ser cordial

Desse amor que me busco, me invalido de mim repleto e tosco

Que já creio ser amar o amor um amor surreal!

dhália
Enviado por dhália em 18/09/2006
Reeditado em 18/09/2006
Código do texto: T243555