Soneto de poeta que não sabe dizer o amor!
Amar e não saber dizer-te, condenar-me!
E como tolo poeta que sou, sentir-me infiel
Que se não posso em palavras transmitir o canto
do cantar do amor... que me encontre o céu!
Ser poeta e não saber dizer-te, emudecer-me!
E em dias róseos ver a rosa na rosa cor...
... deste amor... de tal amor que me encerra
Me incompleta na completude de tudo que me vai compor!
Não saber usar-te, palavra que me alforria
Para confessar a quem me resume em resumo certo!
Amar-te e não saber dizer, nem em sonho do sonho que me guia...
Falar-te! Segredar o amor que me inala e me tem liberto
do amor... que como te dedico o dedicar da poesia
que nem sei declarar-te, pois só te quero perto!