Soneto de amor II
Não preciso eu, tolo poeta, te falar do amor
Apenas ouvir-te o coração que me respira
Para que me possa traduzir-te sentimento que sinto
Para que me possa segredar-te porque meu suspiro suspira!
Não preciso eu, tolo poeta, de palavras que te cantem
Apenas ouvir-te a respiração que me afaga
Apenas para ver-te nos olhos o mar que me inunda
Apenas para ouvir-te o sussurro que tanto me agrada!
E como pode assim, poeta como eu, não compor o que sente?
Que se as palavras são medidas do sentimento que se media
Não mede mais as palavras o amor que me preenche!
Que se amor é só sentir sem descrever... em tamanha ousadia
È que te revelo que por mais que Amor me tente...
...ouvir-te o coração é a mais bela beleza de poesia!