Soneto de amor II

Não preciso eu, tolo poeta, te falar do amor

Apenas ouvir-te o coração que me respira

Para que me possa traduzir-te sentimento que sinto

Para que me possa segredar-te porque meu suspiro suspira!

Não preciso eu, tolo poeta, de palavras que te cantem

Apenas ouvir-te a respiração que me afaga

Apenas para ver-te nos olhos o mar que me inunda

Apenas para ouvir-te o sussurro que tanto me agrada!

E como pode assim, poeta como eu, não compor o que sente?

Que se as palavras são medidas do sentimento que se media

Não mede mais as palavras o amor que me preenche!

Que se amor é só sentir sem descrever... em tamanha ousadia

È que te revelo que por mais que Amor me tente...

...ouvir-te o coração é a mais bela beleza de poesia!

dhália
Enviado por dhália em 19/09/2006
Código do texto: T243713