Alma vagante

Minha alma é atroz sombra vagante

E meus pensamentos nebulosos...

O futuro corrói até os ossos

E do presente sempre mais distante

Fecharam-se olhos, e o semblante

Em vestígios sutis tão fadigosos

Vagando por caminhos tortuosos

Tomado por um ar tão sufocante

Pelo sopro do acaso sou disperso

No mundo instantâneo passageiro

Tal qual um vento pela madrugada

Como folhas dispersas na calçada

Ressequidas compondo triste verso

Andando num gigante formigueiro

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 15/08/2010
Código do texto: T2439638
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