RESMUNGOS DO POETA

O poeta, certa vez, reclamou o fim do amor

fato acontecido de repente, não mais que de repente...

e no poema, com lágrimas tentou transpor

o que não se transpõe ou se refaz, infelizmente!

O poeta, de outra feita, atirou na água um limão.

Ouviu o burburinho dos peixes em desagrado.

Ninguém soube responder: sim, talvez, não...

afinal, o que pode querer o ser amado?

O poeta, ainda insatisfeito, resmungou para o lado:

"Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Não obteve resposta inteira ou satisfatória.

O fim do amor, a loucura ou o estar enamorado

sempre serão matéria de poesia, da fina arte

Tudo estará, com o tempo, nas folhas da memória

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 18/08/2010
Código do texto: T2446010
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.