OXUM

Desce da nascente seiva a escorrer pelas pedras...

Borbulhas aromáticas que perfumam todo o campo

Em sinuosa trilha leva e lava as almas no caminho

Salpicando luz e fertilidade sobre a pele que a acolhe.

Ecoa por todo o vale o rufar dos atabaques evocadores

Clama sobre o couro o convite, a evocação, a chamada

Ouve-se então uma voz tão doce como um cantar choroso

E a Água Doce brota dançando dengosa cheia de riqueza.

Este rio feminil de beleza estonteante, teu cetro é o espelho

Deságua tua majestade nos gestos sultis enquanto dança

Redobram os atabaques, borrifam perfumes, jogam flores.

Ê ÁGUA DOCE! Ê Iara brilhante, ORAYÊEIO! OXUM!

Feixes de luzes douradas derramam - se em cascatas

Envolvente colo acolhedor que abriga, protege e ama