Soneto de incógnita

E sentiu-se um tal fervor

De retumbar e disparar o inválido coração

Próprias desse mal que bem chamam de amor

E que de todos rouba racional razão!

E sentiu-se em único instante

O sorriso despir-se em lágrimas

Como a cor que desbotada voa

Invade o peito e se faz morada!

E agora, de que falar?

De tal martírio cruel e vil?

Se não para o coração de morrer e sangrar...

... de viver dor de dores mil

Mas se viver se pode sem em amor amar

Digo-te que não trago em mim coração vazio!

dhália
Enviado por dhália em 21/09/2006
Reeditado em 21/09/2006
Código do texto: T245965