Nadar liberto

Como pode caber tanta tristeza

Em mim que sou tão irrelevante

Há tempo tens deixado sufocante

Quando vi que era bruxa, não princesa

Meu sonho tornou-se profundeza

As noites num inferno borbulhante

E minha sanidade mais distante

Folha perdida pela correnteza

Vou ao sopro do vento procurando

Um destino, saída, ou caminho

Onde possa ser mais que pensamento,

Talvez mais que sombra, mais que tormento

Quem sabe ser apenas um mar brando

Nadar liberto como um golfinho...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 28/08/2010
Código do texto: T2465167
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