Soneto de confissão

Soneto de confissão

Que me façam gangrenar os dionísios deuses

Que me liberto dessa vida, desse respirar

E confesso meu segredo, meu mistério

Do quanto de amor me fui a penar!

Que não sei em vida... viver

Sem este mal maravilhoso, cruel, hostil

Que se a vida é para tantos um bálsamo

A vida que me vive só me traz atrozes dores mil!

Matem-me dionísios deuses... que aqui confesso

O segredo que em vida me tortura

E da vida, com um sorriso, me despeço!

E deste amor, que em mim perdura

Muito mais, muito além que o universo

E que tanto se busca, mas não se acha cura!

dhália
Enviado por dhália em 23/09/2006
Código do texto: T247668