Soneto de confissão
Soneto de confissão
Que me façam gangrenar os dionísios deuses
Que me liberto dessa vida, desse respirar
E confesso meu segredo, meu mistério
Do quanto de amor me fui a penar!
Que não sei em vida... viver
Sem este mal maravilhoso, cruel, hostil
Que se a vida é para tantos um bálsamo
A vida que me vive só me traz atrozes dores mil!
Matem-me dionísios deuses... que aqui confesso
O segredo que em vida me tortura
E da vida, com um sorriso, me despeço!
E deste amor, que em mim perdura
Muito mais, muito além que o universo
E que tanto se busca, mas não se acha cura!