Soneto de amor como plenitude

O amor basta, não basta?

Para tirar-me o tino que me resta

Para conduzir-me a uma oitava cor

Para fazer-me entrar na vida por essa fresta!

O amor basta, não basta?

Para despetalar-me em algibeiras

E não fazer sentido o que escrevo

Para querer o amor ainda que o não me queiras!

O amor me basta na vida e tanto

Que por cantar do amor o canto

Já julgo que não me basta!

E de na vida ver a vida que de mim me afasta

Me conduz pela mão e ao amor me entrega

Esse amor que nem conheço e que já assim me leva!

dhália
Enviado por dhália em 25/09/2006
Código do texto: T249386