Soneto de estranho a mim (nada em mim...)
Eu não faço sentido a mim
Nenhuma palavra me significa
Nenhum adjetivo me nomeia
Nada em mim se explica!
E escrevo poesias para relê-las e assim
Fazer sentido o sentido que me possui
Nada em mim me compreende, interpreta
E nem me sei... nem me traduz!
Nada em mim me beija e afaga
Como se afaga um filho há muito querido
Nada em mim desanima ou agrada
De não entender as controvérsias que tenho sido
Que se na vida não me preenche o beijo em nada
Que ando na vida de todo sem sentido!