Coisas a Deslizar pela Alvorada

A cisma encobre a irmã de cinza

Pelo quadro que se dependura

Paisagem gasta, passado ranzinza

Caçula em pranto, ao pé a ditadura.

Mais ainda corre a lamúria

De gosto de água do mar

Chorume e sangue, fúria

Apoquenta o paraíso, lar.

Da prásina seca cor

Colostro fermentado

Com pungência e dor.

A caçula ao desfraldar se foi

Dia quente, sorriso no frechal

Dona ré freme ao picote do ‘oi’.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 26/09/2006
Código do texto: T249925
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