O ROEDOR
Em menino, brincava com ratinhos
que encontrava, às ninhadas, no quintal,
não sabia, inocente, quão daninhos,
transmitiam doença tão letal.
Fui crescendo e aprendendo a não brincar
com tal bicho e ao vê-lo no celeiro,
eu saía, em pavor, louco a gritar,
enquanto ele fugia sorrateiro.
E fui distanciando desse ser,
adulto, eu saí do seu alcance,
finalmente imperou o meu poder!
Pois rato virou homem, pode crer!
Encolhe, esgueira, esconde num relance.
Dele, agora, não há como correr!