Faces do medo.

Se mora em nós a fonte da esperança

Se a voz do coração é quem nos guia

Porque então a angústia, essa agonia,

Vem dar tanta tristeza às lembranças.

Dos dias, em que, em nós, houve alegria,

Em quando, a fantasia, era bonança,

E era, a aventura, uma criança,

A nos brindar com sua euforia.

O tempo a nos cobrar ledos enganos

Desmancha, sem perdão, os nossos planos,

Em ver, concretizados, nossos sonhos.

Mostrando o mais real dos desenganos

Deixando tatuados, pelos anos,

A face de nossos medos... Os mais medonhos.