Soneto do Ciumento
Nunca queiras insistir com o ciumento
Que não tem nada concreto pra dizer
Quando insiste, dentro desse embrutecer
Cristaliza o coração, num só tormento
E oferece resistência inexplicada
Sem bom-senso, na tendência de ferir,
E destrói o que lutou pra construir
Ao tornar-se múmia imóvel, embalsamada
Se inútil, vem alguém, tentar dar jeito
Pro conserto, do que fez-se imperfeito
Nessa rocha em solidez de insegurança
Vem, sem brio, a demonstrar toda a fraqueza
Que expõe, forte, e insólita, a grandeza
Do esforço que é capaz a ignorância!
Nunca queiras insistir com o ciumento
Que não tem nada concreto pra dizer
Quando insiste, dentro desse embrutecer
Cristaliza o coração, num só tormento
E oferece resistência inexplicada
Sem bom-senso, na tendência de ferir,
E destrói o que lutou pra construir
Ao tornar-se múmia imóvel, embalsamada
Se inútil, vem alguém, tentar dar jeito
Pro conserto, do que fez-se imperfeito
Nessa rocha em solidez de insegurança
Vem, sem brio, a demonstrar toda a fraqueza
Que expõe, forte, e insólita, a grandeza
Do esforço que é capaz a ignorância!