MARIA

MARIA

Acredita, Maria, eu terei pena

de quem te encontrar lá na avenida.

O andar bem sensual, descontraída,

na rota enganadora da falena.

É missão, é destino, ó Madalena?

Tu despertas paixão, mas, decaída,

ao amor não dispensas acolhida.

Sofrerá quem te amar, linda morena.

Eu não sei por que foi que a natureza

caprichou num produto tão perfeito,

gastou matéria prima de beleza,

mas nada colocou dentro do peito.

Maria, na aparência a realeza,

dentro d’alma não tens o mesmo efeito.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 03/10/2010
Código do texto: T2535198
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