Primeiro soneto para o meu amor.
Que em meu peito caiba tal felicidade
que um anjo, desavisado, não entenda
e o seu coração, alado, se surpreenda
com tal amor justificado pela saudade
Em tal peito seja escondido essa chama
que brotou de um olhar roubado
mas que por mil anos me foi guardado
em um beijo que seu dono reclama!
Vem, seu Cupido, e traz as chaves
daquele peito trancafiado pelo desgosto
que eu quero inundá-lo na minha tempestade!
Onde um beijo pede, ardente, por outro
e não tem amor que me satisfaça a vontade
de pôr uma aliança no teu dedo e ser o teu esposo.
//Mateus Müller