Soneto de amor efêmero

A vida, não breve, me escorre

A vida passa, não passa? Se vai...

Assim como o amor, não se prolonga

Foge de tudo no céu desbotado que cai!

Se não fugisse de mim a vida, fugiria...

... eu mesmo da sorte e do sonho que tanto busco

Para congelar aquele amor que tanto empenho

E que tanto desejo que fique que já a mim me assusto!

Essa vida de efemeridades tantas que foge de mim

Esse amor que por não amar-me é a única morada

Esse sonho de que fique... que seja eterno no seu fim!

É que se vai formar em tamanha vil cilada

Porque se não fugisse o amor que a vida chama assim

Não guardaria a imagem de teu sorriso dado ao pé da escada!

dhália
Enviado por dhália em 02/10/2006
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