Auto flagelo

Violei as minhas leis em meu socorro

Deturpei os sentimentos mais profundos

Perdi-me do controle em segundos

E agora, a cada dia, pela solidão, escorro

Inquietos argumentos onde discorro

Todos os motivos, já moribundos

Dos meus desatinos, oriundos

Que em minha defesa, jorro.

Minha cúmplice e indelicada delatora

Fui anjo e demônio dessa história

Onde auto flagelei a minha alma

Com o chicote da imprudência aterradora

Que agora me castiga a memória

Num tufão de aflições que não se acalma.