As cores escusas do homem
 
 
O homem e suas cores, afinal quantas são?
Se mau, são tons em cinza, sem luzir, brilhar.
Quando bom é alvo nuance, é luzente clarão.
Diversos são os matizes, tintas de um olhar.
 
A cor da alma é mistério, é profundo segredo,
Amizade transluz. É um rol de belas cores,
Se a alma finge trapaça, é negrume, degredo,
Gestos raros tão azuis. São grenás os amores.
 
Ser humano, universo, uma aquarela infinda.
Quantas cores comportam? Quantas serão belas?
Tons perenes, perfeitos, nunca existirão.
 
Pinturas harmoniosas. Desejo e  ambição.
Mas a quem caberá, pintar tão raras telas?
O homem imperfeito é esboço que não finda.
 

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 17/10/2010
Código do texto: T2562596
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