O LÍRIO DA SAUDADE

O LÍRIO DA SAUDADE

Ah, como andei, é longa a minha estrada!

Saltei abismos, mas salvei meus versos.

Na rocha eu escrevi os mais diversos.

O que eu sofri, sofri, por tudo ou nada.

Amei as flores, mares, passarada,

abandonei meus atos mais perversos.

No pranto, vi meus olhos submersos

ao ansiar o amor na madrugada.

Procurei acertar, fazer um ninho

de paz dentro do peito, e a lealdade

procurei semear no meu caminho.

Talvez exista, em nome da amizade,

alguém que ponha um dia, com carinho,

em minha cova o lírio da saudade.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 23/10/2010
Código do texto: T2574656
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