MÃE
Pobre velhinha andando pela rua,
Passos lentos, olhando para o chão.
Tal qual a folha seca que flutua
Em zigue-zague e sem reclamação.
Vai indo, caminhando, não recua.
Todos abrem caminho, e todos vão,
Talvez, analisando, nua e crua,
Dessa velhinha, a vida de ilusão:
- Deve ter sido bela no passado!
-Princesa de um fantástico reinado!
-Esplêndida rainha de mecenas!
Mas, não, senhores! Ela foi mais que isso;
Foi mãe de imensa prole – amor castiço! –
Mãe pura, mãe honesta... MÃE, apenas!
Salé, 04/12/01, às 05h 48min