Epitáfio do Poeta.

Aqui jaz, um poeta! Eterno...em sua meta: semear lirismo e utopias.

Aqui jaz um náufrago, salvo da vida torpe e comum...

Aqui jaz um homem de trovas e sonetos disseminado pelo vento...

Aqui jaz um acalentador de bálsamos melodiosos...e de sonoras letras.

Aqui jaz um audaz vesejador, e admirável Dom Juan...

Aqui jaz um tremendo feiticeiro de poesias singelas...

Aqui...neste canto de terra jaz um seguidor de Rimbaut...

Aqui ...jaz...um apanhador de donzelas...

Donzelas que feitas de costelas, abrem a boca...para me versejar..

Donzelas tão doces como o mel, como néctar de flores brancas...

Donzelas que nem sabem que o são, mas em meio a sofreguidão...

Assumem este papel, então, e eu jazo, aqui...paradoxo...

De um momento de transição, onde meu corpo, agora pó...

Jazerá, na terra, escrevendo uma poema na escuridão!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/11/2010
Código do texto: T2594915
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