Soneto do amor a uma mulher infiel
Não curta com a minha cara, minha cara,
Você deve saber que isso me irrita, tanto!
Não seja leviana, ou trivial, repara
Que por ti morreria, ou mataria, encanto!
Moça, mocinha, linda e fabulosa e rara,
Ouça-me com cuidado, ouça-me este acalanto;
Saiba que te venero, que te quero tanto!
Rogo-te por favor, não ria à minha cara.
Esqueça dele, esqueça! Olvida que existiu,
Concentra-te no aqui, no agora, em nós menina!
Borra-lhe sim da tua mente, para sempre!
Saiba que sei que sais às vezes só, sovina
De roupas, desvestida para ele, solene:
Larga dele! Larga esse namoro infantil...