Soneto do amor a uma mulher infiel

Não curta com a minha cara, minha cara,

Você deve saber que isso me irrita, tanto!

Não seja leviana, ou trivial, repara

Que por ti morreria, ou mataria, encanto!

Moça, mocinha, linda e fabulosa e rara,

Ouça-me com cuidado, ouça-me este acalanto;

Saiba que te venero, que te quero tanto!

Rogo-te por favor, não ria à minha cara.

Esqueça dele, esqueça! Olvida que existiu,

Concentra-te no aqui, no agora, em nós menina!

Borra-lhe sim da tua mente, para sempre!

Saiba que sei que sais às vezes só, sovina

De roupas, desvestida para ele, solene:

Larga dele! Larga esse namoro infantil...

Cirilo
Enviado por Cirilo em 09/10/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T259795