OS MEUS EUS

Eu libertei, num arroubo, os meus eus

e me sentei bem diante dos mins,

então pedi para ver os quens seus,

que apresentassem seus dotes e fins:

“Eu sou teus nervos e fibras, a ação,

teu ver e ouvir, copular, o eu-físico!”

“Sou, do que ouves e vês, a razão,

teu discernir e fruir, teu eu-crítico!“

“Sou o que ação e razão não explicam,

que te levanta do tombo, da queda

e que recolhe os cacos que ficam,

sou teu eu-místico, a fé que te enreda!”

“Sou todos esses em mundo onírico,

sou poesia, sou arte, o eu-lírico!”

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 08/11/2010
Código do texto: T2603227
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