Confesso!

Não sofra, ó meu poeta apaixonado.

O menestrel do amor... Astro luzio!

Há maior dor de um mar que, congelado,

Perdido do calor, chora sem brio?

Vem provar do meu beijo bem molhado,

Esquece a musa... é pura fantasia!

- Mentirosa e volúvel! clama o fado

E é nela que confia a poesia?

Plis! Sou linda e por mim chora a viola,

Triste, vem gemer à minha sacada,

E finge me sorrir, nada a consola!

Ouve, amor! Atenção, seu displicente!

Se eu não bastasse ser a tua amada,

Caberia esse amor num continente?

Canoas, novembro de 2010/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 15/11/2010
Código do texto: T2617346
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.