Soneto do amor reduzido
Saio a caminhar noite a fora
A quimera, me arrisco ao relento
A procura de saciar um manifesto cá dentro
Que no meu eu aflora
Chego ao destino
Que seria suficiente outrora
Me remeto a um desatino
O que estou a fazer nesta aurora?
Não é o desejo que procuro
Quando saio a vagar com boêmios
E no entanto, não me curo
Paro e me acomodo num frio acento
Trasformo meu cansaço em letras
E reduzo o meu amor a um soneto