A Condessa Devassa

Desesperada fêmea pagã dos infernos

Do secreto e sinistro Hades descende

A cólera diabólica da terrível prende

A eterna noiva dos argüidos internos.

Ninfa de Satã na vil ferida de uma cristã

Sangra na maldade estéril dos homens

Rainha do sexo sem limites nos lumens

Na morta cidadã um olhar vítreo da pagã.

Infernizada criatura da escura abertura

Jaz a séculos naquela torpe sepultura

Olhos mortos de seres absortos tortos.

Verve obscura da deusa da morte

Nas esculturas douradas a sorte

Condessa dos infernos semimortos.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 22/11/2010
Reeditado em 24/11/2010
Código do texto: T2630956
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