Mais um tema, Perdão , foi trabalhado pelos poetas que compoem o QUARTETO EM POESIA nesta parceria gostosa, que solidifica sempre a amizade e o prazer em escrever.


    


MEU PERDÃO


S
erei uma lágrima no teu olhar;
A distância que esse vazio faz;
Serei o teu dia onde nunca mais;
Poderás me ferir ou me magoar...

Serei a tua liberdade atada
A minha ausência latente;
Serei a tua alma demente;
O escuro da tua estrada....

Serei tua emoção debulhada,
Em poesias febris e cantadas;
O teu cansaço caído ao chão...

Serei a tua alma abandonada
Chorando tão desesperada
A rogar o meu infinito perdão...!

                                      Arão Filho
                                 São Luís - MA

 
  



PERDÃO



P
eço-te perdão pelo erro tido,
pelo silêncio do carinho ausente,
pelo sorriso na tua dor, frequente.
Perdão por tudo que eu não tenha sido.

Peço perdão pelo sonho destruído,
pela solidão do teu leito quente.
Pelo meu verso traidor, delinquente,
por todos os adeuses em teu ouvido.

 Se vir a morte com seu negro manto
enfeitar-me a alma de eterno jazigo,
enxuga a lágrima, afoga teu pranto,

mas concede a mim o bem que persigo:
como se fora a benção do sagrado santo,
sepulta o teu perdão junto comigo.

                                      KNZ
                                  Magé - RJ


 


SÓ NO PERDÃO

                       


C
hegamos no ponto que tudo desmorona,
E o círculo de culpas, que tanto nos pesa,
Só corroi-nos a alma que já nos despreza...
E só no perdão pleno, a dor me abandona...

 

Perceber que não entendi suas esperanças,
Frustrando-as sempre, por incompetência,
Ajudou-me a perdoar tantas impaciências,
Que trouxeram as rixas e destemperanças...

 
Com alma em luz e coração dizendo sim,
Espero perdão por não saber me conduzir...
Por todas as vezes que não lhe fiz sorrir...

 

Num novo clima, que você verá em mim,
Um ser humano, cujo perdão vem redimir,
Com o novo amor, que vamos reconstruir...

                                              Jacó Filho
                                            Lorena - SP

 



PERDOA....

                         


S
e pode haver perdão agora, perdoa...
Esta amante perdida na ilusão.
Mulher triste, que vive esta paixão
e cujo pranto cobre esta alma à toa.

Perdoa se por amar-te loucamente,
abraço tua figura em fantasia
nas sombras, que embalam esta euforia
permitindo tua imagem descontente.

Perdoa a entrega do meu corpo sofrido,
em alcovas febris das madrugadas
sob as estrelas, que dançam desvairadas.

Este amor, que conduz pelo infinito,
até a luz, onde encontrar-te-ei num dia,
porque és tu a paz e paixão. Minha alegria.

                                            Elen Nunes
                                            Niterói - RJ


 
 

Os versos de Oklima, grande sonetista, embelezam a página e o quarteto agradece.


PERDÃO


Perdão, amor que é meu, pelas mentiras!
Por tuas crenças, pelo amor de Deus,
perdoa a perdição dos erros meus,
as minhas culpas, que silente ouviras!

São dos amores do poeta as liras
que vibram, nas esperas, versos seus;
que decantam seu pranto em cada adeus,
adeuses tantos que a chorar me viras!

Perdão por te dizer tanta inverdade
diante de teus olhos de bondade,
perdoa, amor, cada mentira minha.

São mentiras, mas só pela metade,
na metade da minha mocidade,
que me viu só e quer te ver sozinha!

                                Odir, de passagem...
                                JPessoa, 29.11.10


  
Miguel Jacó nos presenteia com seus belos versos...Gratos,amigo.

CAMINHOS E VEREDAS

Tenho aberto caminhos e veredas,
Mas não posso alcançar a amplidão,
Cada dia sou amado com destreza,
Mas ainda me ressente o coração.

Nunca fui um exemplo de pessoa,
Mas recordo-me de algo intolerante,
Tua alma bem vinda e sempre boa,
Magoada por mim a todo instante.

Tempos idos ainda relembrados,
Nos momentos de aplasia do amor,
Como fosse cicatriz de imensa dor.

Tão magistral é tua benevolência,
E solicita te fazes sem condão,
E por fim me resta te pedir perdão.

                                        Miguel Jacó


  

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 28/11/2010
Reeditado em 05/12/2010
Código do texto: T2642025
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