À CRUZ E SOUZA

À CRUZ E SOUZA

( Alexandrino )

Do pequeno Desterro surgiu encantado

exibindo na tez escura e na alva palma,

As angustias de escravo recém libertado.

Ora pelo porvir que lhe fustigava a alma.

Requinte de miséria e fome eram tamanhas.

Sofrimento sem fim na vida tão incerta,

Refugiou-se nas terras de altas montanhas,

Procurando tratar-se do "mal de poeta".

Aúgurias tanta perdeu a esposa querida,

Ela sucumbiu com os reveses da vida,

O lume esvairou-se, perdeu toda a luz.

Cruz e Souza também desolado foi embora,

Atrás de se deixando uma obra encantadora,

Poemas doces, carregando a própria cruz.

Goiânia, 01 de DEZEMBRO de 2010.

DESTERRO: PRIMEIRO NOME DE FLORIANÓPOLIS, HOJE FLORIPA.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 02/12/2010
Código do texto: T2650324
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