Soneto de devaneio

Teu olhar transforma o meu. Teu olhar transcende

A curva do horizonte onde nasceu.

O teu beijar afoga o meu, e ascende

À imensidão do amar que perde Orfeu.

Teu seio me transtorna. Teu seio acende

Os céus e na sonoite traga o breu.

O teu prazer é o prazer meu, e compreende

A ilusão do sonhar, meu corifeu.

É na tua beleza que me espelho,

Ó rainha! Alteza, quero ser rei!

A teus pés ainda hoje eu me ajoelho.

O travesseiro conta travessuras...

Fui dormir no teu seio e acordei

No entanto do entretanto da loucura.

Cirilo
Enviado por Cirilo em 16/10/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T265501