Soneto da mulher mais bonita

As forças do universo – a chama, a lua,

Haverão de curvar-se a seu perpasse.

À tamanha beleza dela nua,

Haverá de curvar-se até o impasse!

Ó imensidão, esfera! Abrir-se-á a rua

A seus pés. E farão de seu compasso

Canções de boemia, e com regaço

Escreverão os poetas entre puas.

Há no seu caminhar dez mil estrelas,

Que contornam o ocaso e dão-lhe morte:

Nela convergem vidas paralelas!

Por mais que haja no mundo o impreciso

É preciso dizer dessa consorte:

Seu sorriso sustenta o paraíso!

Cirilo
Enviado por Cirilo em 16/10/2006
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T265503