SAUDADE... EXAGERO?
Como vai, meu amigo? Boa tarde!
Eu? Oras, eu estou um tanto triste,
Pois a saudade é uma ferida que arde
Como ave na gaiola, sem alpiste.
A saudade se chora qual covarde
Que ao medo, trêmulo, jamais resiste.
Como a dor, de mansinho, sem alarde,
Em sofrimento logo após consiste.
Quanto ao restante, tudo bem, amiga!
O coração? Um pouco me castiga
E a morte me sorri todas as noites.
Ara! A saudade é um pouco mais cruel...
Como se se tomasse puro fel
Ou se levasse alguns “zilhões” de açoites