Quiçá

Devo eu pensar-te como a primavera

Que me repleta o coração de belas flores?

Talvez eu deva aventurar-me por essa quimera

E quedar ao rubro clamor de teus amores...

A sorver o doce aroma de teus olores

Não mais admito trancafiar-me na espera,

Preferirei saciar-me nos teus sabores,

Sucumbirei ao teu luzente olhar de fera...

E os desejos que me afligem a cada dia

Serão consumidos pelas tuas fogosas noites,

No vendaval de tua volúpia estrepitosa...

E virá qual afago a voraz ventania,

Para que teus beijos não me pareçam açoites,

A castigar-me por minha escolha duvidosa...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 27/12/2010
Reeditado em 27/12/2010
Código do texto: T2693534
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