De olhos vendados

De olhos vendados sinto a poesia...

Me inspiro, respiro o aroma do dia...

Me calo, absorvo toda vasta magia...

Ouço vozes como fossem melodia...

Minhas mãos apalpam suavemente...

E mente pra mim... a minha mente...

Que diz para meu eu inconsciente...

Que você é aquela à minha frente...

Mais que imagem é pura intuição...

É esta venda que me vende então...

Pois ali, não pode ser você coração...

É apenas mais uma afável ilusão...

Que por festa me prega uma peça...

E me pega imerso em tanta paixão...

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 28/12/2010
Reeditado em 28/05/2011
Código do texto: T2695960
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