Soneto n.174

NOSTALGIA

**
Sim, eu sei por que me abandono:
é que tudo ao redor me aborrece,
e porque sobre mim sempre desce
uma espécie bem incrível de sono.


Das cores muito sóbrias de outono
é que a nostalgia brota
... floresce,
e enquanto minha alma se esquece,
o esplim se instala, ele se faz dono.


Quisera não ter asas tão cansadas,
reencontrar as trilhas bem-amadas,
ainda tão brilhantes sob o orvalho.


Quisera eu
... sim... eu quisera tanto
não te amar com esse forte encanto
que no coração agasalho. Mas falho!


***
Silvia Regina Costa Lima
5 de dezembro de 2010

 







Obs: Poesia do eu-lírico.

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/01/2011
Reeditado em 11/01/2022
Código do texto: T2704258
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