A ALMA QUE CANTA

A alma que canta, em versos dolentes,

O amor que ilumina a noite mais densa,

Reflete a força da paixão intensa,

O puro delírio, em corpos silentes

E vai-se a razão (a mente não pensa),

Ante o desejo e a volúpia prementes,

Do mundo, tornam-se, ambos, ausentes

E só o prazer marca sua presença,

No toque que cala a voz e a pena

E infunde calor aos corpos que amam

E às almas, infladas, por tais carícias,

E em meio à sem par fonte de delícias,

Emanam desejos (afloram e clamam),

Qual foram a chave da vida mais plena.

Este soneto foi uma interação ao magistral soneto "Gozo", da amiga Ana Flor do Lácio. Obrigado, Ana, pela inspiração.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 05/01/2011
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