Soneto n.175



Em mim nasce a seiva sublimada
e, bem misteriosa, ela se entrega
pra ser ternamente fecundada
pelo amor que meu Amor carrega.


E ela vem sem hora traçada,
tão pura que permanece cega,
tão bela que é carta marcada
nessa luz que por mim navega.


Do azul-rosado desta linda aurora
descem gotas sobre as violetas:
numa cor que nos lembra outrora.


Entre as asas leves das borboletas
dança essa flor (que depois chora)
e se eleva mui acima dos cometas!


Silvia Regina Costa Lima
28 de dezembro de 2010




SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 06/01/2011
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T2712535
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