ABRAÇADA AO TRAVESSEIRO.


Na madrugada com amor, no silencio do meu sonho,
Minha alma encantada encontrou a sua que divagava,
Juntos vimos à garoa que molhava suavemente a vidraça,
No doce encanto deste momento, entre lençóis; eu delirava.

Acordei abraçada ao travesseiro neste quarto frio e só,
Vendo que já passou a noite e eis que surge a aurora,
Será mais um dia sem te ver, sem ti sentir meu bem,
Neste despertar, com a saudade que já me devora.

O tempo insiste em não passar. O sol não tem encanto,
E se chove, é como minhas lágrimas, tristeza e lamento,
De um ser que vive e espera com pouca alegria,


Poder fazer o tempo correr, como corre meu pranto,
E trazer você de volta, por amor como argumento,
E acariciar meu coração, acabando com esta fantasia.


Salvador. 14//01//2011.
Doce Val.

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