EM SILÊNCIO [CCLXVI]
Quero-te bem, com certa insensatez,
um quase amor, florido e já massudo,
inexplicável caso que tem tudo
de um sentimento que aflorou, de vez.
Reprovo é que me vejas abelhudo,
que meu amor por ti não tem talvez;
irreversível cresce e mais se fez,
muito em silêncio, meio que sisudo.
Tão te pensando, flui-me a peito o berro
de uma paixão que se prevê gostosa,
pois cá me diz do que só n’alma encerro.
Da agitação que a mente me fustiga,
todo em silêncio, sei-te a tão charmosa
da partitura que tu és!..., amiga!
Fort., 27/01/2011.