CORRENTE

“Aos voos, penetrei teu sonho azul-celeste

brilhando luz de amor, que, aos astros, ilumina.

A florir teu prazer, eu fui o que quiseste,

as glórias, fui teu ouro, a tua rica mina.”

“Calmaste toda sede em meu destino agreste,

soprando teu frescor ao vento, que domina

meu ser inteiro e nu, esta arte que fizeste!

Baniste a dor nefanda, a que corrói, calcina...”

“Vivemos um no outro, assim como dois elos,

pintamos nosso plano, ao sol dos bens singelos,

felizes, saltitando em nuvem tão macia!”

Mas em um só espaço, as almas não couberam.

E não sabiam mais, ao certo, o que, quem eram!

Oh! Descobriram pois, que a dois, nenhum vivia...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 28/01/2011
Reeditado em 28/01/2011
Código do texto: T2756907
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