RESPIRANDO O DESERTO DOS HOMENS

O remanso da alma

Tarda a se fazer aurora hialina:

A esperança vira estafa e se suicida,

Deixando-nos ao bel-sabor,

A bem que se diga,

Da violência fria, que pavimenta lancinante e imperativa

A jornada do sol de nossas rotinas.

Enquanto isso os barões do Hades e das armas ígneas

Transformam infinitos oásis ou banquetes da chacina

Em chafarizes onde jorram miríades e milhares de abjetas divisas.

Ah, esta Era empedernida faz do amor criança desnutrida:

Converte a oceânica opulência da alegria

Na mais suprema seca da Poesia:

No maior dínamo-nau da sua abissal e imorredoura agonia!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 01/02/2011
Código do texto: T2764921
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