Peito Sincero

Não vou deixar-te a pensar e a dormir

Na incerteza que tanto queima e gela!

Não duvides do meu peito, que apela

Para que, o teu, possa ele polir!

Não te isolas, Musa... Saibas ouvir

Os sons que arremesso nesta tela:

Para ti, sussurros, minha donzela;

Para outrem, um louco a grunhir!

Firma a vista: olha aqui para dentro!

Observa atentamente o epicentro

Por onde jorra o meu sísmico abalo!

Esse tremor onde dança o querer

Ao ritmo do amor, que, por crescer,

Motiva-me a falar, e não mais calo!

Preto
Enviado por Preto em 01/02/2011
Código do texto: T2766007
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